Gosto do jeito que tu me olhas antes de seguir em frente, então com uma volupia desconcertante você põe suas mãos sobre mim e aos poucos vais me despindo de todo aquele emaranhado que me proteje, que me cobre e me conserva. Percebo que o desejo de me libertar é grande, aos poucos você me rasga, eu sinto um alívio mesmo com o barulho ensurdecedor que isso causa. É bom, é muito bom parecer livre destas amarras que me prendiam, fico grato pelo seu favor e aos poucos vou percebendo você me desembrulhando completamente e sorrindo.
Você sorri quase que chorando ao perceber que ganhou um presente para a vida inteira.
© Rosival Evangelista
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