Tenho vivido em um turbilhão de sentimentos estes dias e passado por vários estados de espírito desde então. Compaixão, amor, solidariedade,aflição,amizade, respeito, solidão, tristeza e dor são os substantivos que me acompanham dia e noite. Mas dentre estes existe um que se tornou mais emblemático dentro do meu peito, a dor da perda. Sentimento tão conhecido meu que veio mais forte e imponente estes dias. Sentimento que me fez acordar para o mundo e descobrir que a vida é um estágio momentâneo, que sorrisos se apagam, que olhos se fecham e perdem o brilho.
Eu já perdi colegas, parentes distantes, próximos e amigos de verdade. Descobri que a dor vem, a aflição queima, agente se conforta e não se conforma...mas passa, aos poucos... mas passa!
Descobri que a morte é o ponto final, é a conclusão do último parágrafo de um livro escrito, é a suprema verdade que não pode ser alterada.
Descobri que sempre vai ter alguém pra nos ajudar neste momento tão difícil. Descobri que o silêncio de um olhar diz mais e conforta mais do que certas palavras. Descobri que, enquanto quisermos, nunca estaremos sós.
Descobri que não gosto nenhum pouco das perdas, que não gosto deste ponto final tão iminente dado pela morte, deve ser por isso que eu prefiro as reticências... Elas significam vida e nos dizem que sempre podemos recomeçar.
© Rosival Evangelista
Te amo vó.
Um comentário:
É fundamental , humano,e dane-se a palavra piegas , vivermos de reticências.
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