Não era amado...

E descobriu que não era amado, descobriu que o seu amor havia beijado outro e naquela noite fria
ele saiu sem saber pra onde iria, por um instante não sabia o que fazer se sentia inseguro e na pista de sua vida ele corria, corria e quanto mais ele corria sentia o desejo de afundar-se na noite escura que penetrava e só os raios da lua cortavam.


A lua, sua eterna companheira de solidão o seguia por todos os momentos, inclusive agora no instante de sua maior decepção, e até na hora que ele só queria fugir de tudo e de todos, se manter afastado, por isso ele corria e cada vez mais se aproximava de lugar algum.


Ao se afastar  ele se sentia mais perto de sua amada, pois seu amor nunca iria se desprender de seus pensamentos, por isso ele corria  e acelerava cada vez mais a luz da lua iluminava seu caminho e numa pista sem destino.


Ele tirou o capacete sentiu o vento frio em seu rosto, sentiu suas lágrimas que eram puxadas pela força do vento, mas ele não parou.


Ele continuou a correr, pois quem anda sem destino nunca deve parar.




© Rosival Evangelista